terça-feira, 11 de novembro de 2014

Carlos Bracher-Expo em Belo Horizonte.Mg-Brasil

CCBB Belo Horizonte apresenta a exposição Bracher – Pintura e Permanência.  A mostra é uma retrospectiva do pintor mineiro Carlos Bracher, considerado um dos grandes mestres brasileiros da pintura a óleo sobre tela.  Confira:http://bit.ly/bracher

Quando minha família retornou a Juiz de Fora, em 1964, pouco depois fui trabalhar na Gazeta Comercial.Carlos Bracher  com uma pintura do cemitério, da Glória,ainda jovem, ganhou um prêmio de  Viagem ao Estrangeiro.À França.À redação, chegavam notícias, comentava-se sobre o jovem talentoso,  depois conheci os tios, artistas, o pai , Waldemar, que era professor e  num congresso de cientistas, ministrou aula magistral sobre os átomos !transmigarando incessantemente  entre os seres, o que deslumbrou a jovem que eu era, que .Estive no castelinho  onde moravam, bem no alto, quando Fayga Ostrower ministrou lá curso de litogravura. Entrevistei Décio Bracher, arquiteto, um gentleman, que no ano passado deixou o Planeta, Era na Galeria de Arte Celina, nome dado em homenagem á sua irmã, que jovens , durante a clandestinidade, passavam o dia, ou se escondiam por algum tempo .De lá, eu os levava a almoçar em casa de meus pais.Mas nunca o conheci, não o entrevistei, apenas o admiro e quando o vi pintando ,braços em tempestade, pela TV, parecia-me rever um velho conhecido.É um belo homem, um talento.Também acompanhei sua esposa,a Fanny, que igualmente é artista..
Espero poder ir ver essa exposição, já que resido em Belo Horizonte.Parece-me imperdível! 
Clevane Pessoa.

Para saberem mais, leiam no ótimo blog Arte em Ouro preto (onde Carlos Bracher reside):

:http://www.arteemouropreto.com.br/portal/iConteudo/Default.aspx?ano=188&sano=0&i=1

"segunda-feira, 9 de dezembro de 2013


"LIVRO E EXPOSIÇÕES ITINERANTES DIFUNDEM A OBRA DE CARLOS BRACHER NA EUROPA
Há alguns dias, o projeto Arte em Ouro Preto recebeu do artista Carlos Bracher um exemplar digital do livro que leva seu nome, lançado em outubro na Feira de Frankfurt, Alemanha, pela prestigiada editora de artes Nicolai Verlag. O prazer é grande, pois, além de se ter uma síntese retrospectiva dos mais de 50 anos de vida dedicados à pintura, a espetacular seleção de obras, os ensaios e textos críticos publicados dão a dimensão da superioridade do trabalho do artista.
Livro_Carlos_Bracher.jpgDepois do ensaio crítico “Aparição Musical da Vontade”, assinado pelo professor de Literatura Brasileira da Universidade de São Paulo (USP), João Adolfo Hansen, o texto “Introdução à Retrospectiva de Carlos Bracher”, escrito pelo professor e crítico de arte alemão Dieter Alexander Boeminghaus, nos orienta a percorrer as quase duzentas páginas do livro, dividido em séries de pinturas, ilustradas com telas diversas do artista e textos críticos de personalidades brasileiras, como o poeta Carlos Drummond de Andrade, que em atitude elogiosa escreveu sobre o artista: “Encontrei-me com Minas Gerais através da pintura de Carlos Bracher. É o maior elogio que, de coração, lhe posso fazer. Viva Minas!”
Antes de realizar análise crítica sobre a obra de Carlos Bracher, o crítico alemão narra a experiência gratificante em descobrir a exuberância intensa da pintura do artista, ao receber 47 telas para serem expostas no castelo de Pfaddendor, em Dusseldorf, Alemanha.  Ele explica que “escolhidas pelo próprio artista, as telas compreendem período de criação de  1961 a 2006, tendo estado antes em exposições em Bruges, Bruxelas, Moscou e Praga. Ainda segundo o crítico, o artista pintou mais de dez mil quadros, recebeu o mais importante prêmio brasileiro de pintura – o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro – e realizou exposições individuais em diversas cidades brasileiras e em países como Paris, Roma, Milão, Londres, Roterdan, Haia, Madri, Lisboa, Pequim, Kingston, Chile, Bogotá e Montevidéu. E cita, ainda, os cinco livros publicados sobre o artista.
Ao apreciarem as telas recebidas para a exposição, Boeminghaus e seu colega, Max Krieger, constataram que “durante toda a sua vida, Carlos Bracher se concentrou em determinados motivos: retratos, flores, marinhas, paisagens e paisagens urbanas". E mais que isso...  Eles se sentiram atraídos pela “luminosidade das obras”. Ele conta: “Eu me perguntei: como é que ele conseguiu criar essa intensidade?” Ao se debruçar sobre a obra do artista brasileiro, o crítico alemão observa que não é a escuridão a princípio percebida nas telas, mas, sim, a luminosidade que lhes dá força e intensidade artísticas. E conclui: “A luz que irradia é o tema de Carlos Bracher. Indo mais além, encontra no céu e na maneira que ele se reflete sobre as coisas retratadas (flores, fachadas, telhados etc) a consistência necessária para a compreensão da obra do artista. E afirma: “todos os objetos que estão presentes em seus quadros são como um espelho. Na superfície das coisas se reflete a clara luz que vem do céu.”
A partir daí, nasceu uma empatia forte e positiva em relação às obras apresentadas, que resultou não apenas em mais uma exposição (temporária) programada, com em livro retrospectivo da carreira do artista, com a finalidade de difundir em publicação bilíngue (inglês-português) a obra de Carlos Bracher. Os motivos identificados pelos curadores coincidem com a narrativa do livro, dividido nas séries “Flores, Juiz de Fora, Europa e outros temas” (1961-2013), “Ouro Preto” (1964-2013, “Homenagem a Van Gogh” (1990), “Siderurgia” (1990), Brasília (2006-2007), Petrobrás (2012), Retratos e Auto-retratos (1961-2003). Resta esperar pela versão impressa para apreciar de maneira mais completa a trajetória de Carlos Bracher, sem dúvida, um dos maiores artistas modernistas brasileiros."

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