quinta-feira, 29 de março de 2012

Millôr por ele mesmo

Millôr por ele mesmo-Publicado por Marcelo Tas

Fonte:http://blogdotas.terra.com.br/2012/03/28/millor-por-ele-mesmo/

"Blog
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28 DE MARÇO DE 2012, 14:21
ESCRITO POR MARCELOTAS

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A biografia do escritor Millôr Fernandes, escrita por ele mesmo:
1924
Nascido Milton Fernandes, no Meyer, em 16 de agosto. Ou em 27 de maio? Ou em 27 de maio do ano anterior? Há desencontros de opinião na família. Na carteira de identidade: 27-05-1924. Meu amigo, Frederico Chateaubriand, sempre repetia, quando se falava que alguém estava “muito moço”, isto é, aparentava menos que a idade que tinha: “Idade é a da carteira”. Isto é, não adianta ter qualquer esperança contra a cronologia. No meu caso talvez a carteira esteja (um pouquinho) a meu favor.
1925
Morto meu pai. Nessa idade a orfandade passa impressentida. Mas a família – mãe com quatro filhos – cai de nível imediatamente.
1931
Entrada para a Escola Enes de Sousa, no mesmo Meyer, educandário dirigido por Isabel Mendes, mestra extraordinária que mais tarde receberia a homenagem de ter o colégio batizado com o seu nome. Enes de Sousa, só fui saber quem era muitos anos mais tarde, nas memórias de Pedro Navas. Um abolicionista, se é que isso existe.
1934
Morta minha mãe. Sozinho no mundo tive a sensação da injustiça da vida e concluí que Deus em absoluto não existia. Mas o sentimento foi de paz, que durou para sempre, com relação à religião: a paz da descrença.
1934 a 1937
O período dickensiano, vendo o bife ser posto no prato dos primos, sem que o órfão tivesse direito. A família dispersa, os quatro irmãos cada qual pro seu lado, tentando sobreviver.
1938
15 de março: início da profissão de jornalista.
1938 a 1942
Liceu de Artes e Ofícios, onde um dia um professor deteve a massa dos alunos que desciam as enormes escadarias e, no meio de todo mundo, advertiu-me para que eu nunca mais zombasse de um colega. “As pessoas podem perdoar que você bata a sua carteira mas jamais perdoarão isso.” Aprendi.
1941
Descubro, aos 17 anos, que não me chamo Milton, mas Millôr. Acho bom, não mudo, e o nome logo ’pega’.
1943
Começam os anos gloriosos da revista ’O Cruzeiro’, que um grupo de meninos levaria dos estagnados 11.000 exemplares tradicionais a 750.000.
1944
Com tio Viola, chefe da gráfica ’O Cruzeiro’, responsável por minha entrada no jornalismo. Viola, nome da família pelo lado italiano, teve recentemente uma possibilidade de glória. Eu vi o Papa João Paulo I dizer na televisão: “Todos os Violas do Brasil são meus primos.” Mas morreu logo depois.
1946
A vida era bela e não sabíamos. Ou sabíamos? Aqui, Péricles Maranhão, autor da figura mais popular no humor brasileiro de todos os tempos: ’O Amigo da Onça’. Canhestramente faço o ’amigo’ da foto.
1948
Na foto com Walt Disney, no estúdio dele, em Hollywood. Foto cuidadosamente posada. Nessa época eu ainda acreditava que Disney sabia desenhar. Só mais tarde, lendo sua biografia, aprendi que até aquela assinatura bacana com que ele autentica os desenhos é criação da equipe.
1949
Comecei a programar viagens fora do país. Primeiro em países da América do Sul, depois Estados Unidos. Deixei a Europa pro fim. Ainda era um acontecimento, viajar.
1950
O sucesso de ’O Cruzeiro’ faz os jornalistas virarem notícia. Na redação, entrevista para o rádio, uma espécie de televisão da época, muito melhor, porque sem imagem.
1951
Viajo bastante pelo Brasil, coisa que sempre gostei de fazer, mas de carro, única forma de sentir as tremendas distâncias.
1952
Faço questão que o ministro brasileiro me batize nas águas do Rio Jordão, em Israel. Cada um tem o São João Batista que merece.
1953
Vice-campeão mundial de pesca ao atum na Nova Escócia. Nunca tinha pescado em minha vida e nunca peguei um peixe. Uma longa história que não cabe aqui.
1954
Compramos por Cr$ 2.700 um apartamento no Rio, num lugar mais ou menos distante, chamado Vieira Souto. Quando a granfinada soube, correu atrás de mim e o lugar virou ’status’, o metro quadrado mais caro do mundo. Hoje a portaria da minha casa é o centro de prostituição – na sua quase totalidade exercida por travestis – da cidade. E de qualquer maneira a janela do meu apartamento, no quarto andar, é o local ideal para um sociólogo amador.
1955
Cobertura jornalística de campanha eleitoral. Aí conheci um jovem e engraçado político chamado Jânio e um homem esquisitamente ético chamado Milton Campos. Glória das glórias: ganho o primeiro lugar num concurso de desenhos em Buenos Aires, junto com Steinberg.
1956
Festival de Cannes, casamento de Grace Kelly. Este acontecimento até hoje rende mentiras por parte de muitos jornalistas. Guardo as minhas para momentos insípidos de conversação.
1957
Primeira exposição de desenhos no Museu de Arte Moderna, naquela época uma sala em baixo do Ministério da Educação. Melhor cenógrafo do ano. Por quê?
1958
Um ano ou dois antes, não estou certo, nosso grupo implantava o frescobol em Ipanema. Me lembro que antes apareceu uma besteira chamada ’la pelote basque sans fronton’. Eu me auto-proclamei campeão do frescobol do posto 9. Mantive o título por muito tempo: quando alguém jogava melhor do que eu, eu dizia que ele era do posto 8.
1960
Minha peça ’Um elefante no caos’ estréia depois de uma briga enorme com a censura, transformada num excelente espetáculo pela genial direção de João Bittencourt. Uma das poucas vezes que um diretor melhorou um trabalho meu.
1961
Exposição de desenhos na Petite Galerie. Viagem ao Egito. Voltamos correndo com a renúncia de Jânio.
1963
Uma “questão religiosa” me coloca em conflito com a tradicional ’ética’ dos ’Diários Associados’. Num discurso público, declaro: me sinto como um navio abandonando os ratos.
1964
Preparando o lançamento de ’O PIF-PAF’, quinzenal que, em 1979, o serviço de informações do exército consideraria oficialmente como o início da imprensa alternativa no Brasil. Ainda bem, porque fecharam o jornal no oitavo número e eu fiquei devendo 21.000 cruzeiros. Meu valor na praça, então, era mais ou menos 500 cruzeiros mensais.
1965
“Liberdade, Liberdade”, com Flávio Rangel. Um barato no meio do caos. Depois a censura proíbe. Como proíbe também, na íntegra, “Este mundo é meu”, com Sérgio Ricardo.
1966
Cada vez me meto mais, profissionalmente, no teatro. Traduções, adaptações, originais. Representamos, no Largo do Boticário, a versão musical de “Memórias de um Sargento de Milícias”, só com atores negros.
1967
Topo fazer o ator ao lado de Elizeth Cardoso e o Zimbo Trio. Uma experiência inesquecível, que outras ocupações não me deixaram repetir.
1968
O período efervescente do Pasquim. Parecia até que o país existia e que certa socialização, confundida com uma fugida fraternidade, era possível.
1970
Sempre viajando pelo Brasil.
1971
A “parada” com o sistema engrossa. Quase não publicamos nada inteligível e o teatro fica praticamente impossível.
1972
Volto a me interessar por livros. Lanço ao mesmo tempo “A Verdadeira História do Paraíso” e “Trinta anos de mim mesmo”, um resumo de anos de trabalho, numa noite de autógrafos denominada “Noite da Contra-incultura”.
1973
Promovido a cidadão mineiro, afinal, pela Câmara de Conceição-de-Mato-Dentro.
1975
Exposição na Graffiti. Fim da censura no ’Pasquim’.
1976
Escrevo “É…”.
1977
Na foto eu tenho a rara oportunidade de dar alguns esclarecimentos políticos a Mário Lago.
1978
Um trabalho muito mais difícil do que podia parecer: a adaptação de “Deus lhe Pague”.
1979
Aos poucos, venho descobrindo mais o Rio Grande do Sul, onde só tinha estado há muito tempo. Vou me agauchando.
1986
Compro o primeiro computador, um XT a vapor, mesmo assim considerado por muitos uma extraordinária peça de ficção científica.
1988
Comemoração de 50 anos de jornalismo. 25 de março, na casa de Técio Lins e Silva e Regina Pimentel.
1996
Com Monique Duvernoy, Fernando Pedreira e Cora Ronai, em Auvers-sur-oise.
1997
Com Cora Ronai e Ocimar Versolato, jantando na casa de Monique Duvernoy e Fernando Pedreira.
2000
Lançamento do saite “Millôr Online”, com festa no Copacabana Palace, Rio."

Foto: Arquivo L&PM Editores

quinta-feira, 8 de março de 2012

Saudade de Mãe

Uma de minhas fototrovas.Tenho essa linda hortência branca.

Uma de minhas fototrovas.Tenho essa linda hortência branca.

Fotografei minha mão
DESPALAVRA_Capa de bolsilivro do virArte onde tenho haikais sob o pseudônimo de Haruko-pastel:Gueixa Des/construída.Organizadora do bolsilivro:Haikaista Edinara leão-Sta Maria/RS

DESPALAVRA_Capa de bolsilivro do virArte onde tenho haikais sob o pseudônimo de Haruko-

Desenho em pastel/nankim :Gueixa Des/construída.

Organizadora do bolsilivro:Haikaista Edinara Leão-Sta Maria/RS

Poço ou dedal...Fototrova

Fototrova.A rosa é de um buquê que recebi.

Fototrova.A rosa é de um buquê que recebi.

Crédito da foto:Clevane Pessoa
Um de meus desenhos que ilustrou Estalo, a revista, vol.4.Belo Horizonte, MG.

Um de meus desenhos que ilustrou Estalo, a revista, vol.4.Belo Horizonte, MG.


Fonte:http://www.flickr.com/photos/clevanepessoa/

Flickr: Clevane Pessoa's Photostream 

www.flickr.com/photos/clevanepessoa/Em cache 
24 jul. 2011 – Um de emus desenhos da séire A Forma do Pote vazio(25 desenhos para original-Livro de Artistas , organizado por Regina Mello). Anyone ...
 
Esse capucho já seco, guarda uma esfera verde, onde mora a semente...

Esse capucho já seco, guarda uma esfera verde, onde mora a semente...

Predição

http://noseq.com/video/-SnoXT5_1XA/sarau-tropeiro-presente-para-poeta-clevane-pessoa-clipe.html

Ricardo Evangelista e Sueli Silva (leia-se sarau Tropeiro), apresentaram meu poema Predição, pela primeira vez, em meu evento Poesia é Ouro-organizado por Karina Campos - em 2007, no Centro Cultural belo Horioznte (R.da Bahia com Augusto de Lima) -depois, em Montevidéu,Uruguai, no encontro internacional do aBrace (participei na declamação).
Agora, enviaram-me o vpideo com o arranjo de Sueli , a interpretação de Ricardo.
Partilho com os amigos.
Gosto de somar, ter parceiros que complementem minha Poesia...
Um abraço:
Clevane Pessoa (hana haruko)

Veja mais em meu blog

PREDIÇÂO

Predição

O tempo é mesmo
esse contraste:
escorre entre a morte e a vida,
entre o ancestral e o devir.
Ascendentes e descendentes
Repetem-se
Ou
Transformam-se.
Os traços hereditários
Luzem na escuridão.
Os mutantes
Desafiam leis.

As novas crianças nascerão cantando.
(Clevane Pessoa de Araújo Lopes Belo Horizonte,abril de 2006)


Fonte:DIREITO E POESIA, onde tive o grande prazer de ganhar uma antologia com os poemas ali publicados (sou colaboradora desse grupo)

http://iaracaju.infonet.com.br/direitoepoesia/poesianossacadadia_textos.asp?identificacao=%3Cb%3EAntologia%20po%E9tica%20de%20Clevane%20Pessoa%20de%20Ara%FAjo%20Lopes%3C/b%3E#cp15

segunda-feira, 5 de março de 2012

Iara Abreu-Aquarelas na Biblioteca Estadual Luiz de Bessa, em BH/MG-neste dia 07 até 23 de março

Entrego a Iara Abreu, exemplar de "Veredas Literárias",onde consta  o poema Prestidigitação(Assis Editora, de Uberlândia) , onde falo de sua Arte Visual- com outros livros

A capa acima, da antologia Nós da Poesia(Instituto Imersão Latina) , é uma das criações de Iara- que fez a da segunda e em breve, a terceira edição. As antologias foram lançadas em vários espaços , inclusive na Bienal do livro do Rio, SAMPA e Belo Horizonte.


Iara Abreu, na Galeria Guimarães Rosa-com duas de suas telas- em coletiva na Câmara Municipal de belo Horizonte.

Estas telas são da série "Aspectos urbanos", uma de suas tendências mais conhecidas, embora a série de gatos -inpirada nos bichanos do Parque Municipal em Belo Horioznte, seja extraordinária

 

A artista plástica Iara Abreu, de Belo Horioznte, vem de uma trajetória onde guestalts se fecham em longo aprendizado, formação sólida, experimentações e conceitos muito pessoais, exposições individuais e coletivas .Recentemente, há algum tempo, dedica-se a ilustrar poemas em temática de Aspectos Urbanos.E os poetas somente lucram com essa parceria generosa, onde oferece sua arte na interpetação de tantos versos e estilos-conhecida já em nível internacional.Para ela, pé um verdadeiro prazer "dialogar" com a Poesia, através de seus traços.

Apesar desse reconhecimento , é uma criatura-criadora de simplicidade exemplar, segura e consciente.Queridíssima nos meios culturais da capital mineira, tem vida intensa dentro de seu atelier, que vale a pena visitar , na Rua Sinfrônio Brochado-Barreiro.Ali, a multiplicidade de vertentes e técnicas, encantam pela singularidade.

 

No ano passado, recebi exempalres de Veredas Literárias, fruto de concurso da editora Assis, onde tiuve poema selecionado e fui um dos cinco autores premiados pela explicação em poucos caracteres, do pseudônimo usado no concurso ( uma dos indicativos daquele "a mais" que a editora Ivone Gomes de Assis costuma oferecer aos concorrentes.Meu poema , chamado Presdigitação", ofereci-o à amiga Iara Abreu e foi com prazer que quando meus livros chegaram pelo Correio, li a mim mesma, falando sobre Iara.Entreguei-lhe os livros na Livraria Leitura, do BH Shopping, em Belo Horizonte, onde aconteceu uma noite coletiva de autógrafos.

A artista, mui justamente, em 2012, receberá homenagem do InBrasCI-Governadoria em MG (leia-se Andréia Donadon- a artista Deia Leal) ) , pela Direção Regional da entidade em Belo Horizonte.Medalha de Ouro , um reconhecimento pelo trabalho da artista ,de per si e pelo Projeto "Aspectos Urbanos", que beneficia a tantos poetas brasileiros  e de outros Países.

 

Bem, este  prólogo é para registrar e repassar o novo convite da artista, para sua primeira expo de aquarelas, na Biblioteca Estadual Luis de Bessa  , Galeria Paulo Campos Guimarães(Praça da Liberdade 21-Belo Horizonte-MG).A vernissage, dia 07 de março,  às 19 horas (quarta feira próxima) horas .Até 23 de março, - mês da Mulher. 

 

Clevane Pessoa

Diretora Regional do InBRasCi em MG

Membro da IWA

Representante do Movimento Cultural aBrace-(Brasil/Uruguai)

 

Prezados amigos e poetas



Em anexo um convite para a exposição de aquarelas por mim produzidas ao longo do meu trabalho exposto pela primeira vez .
Mostrarei um pouco de algumas séries,  dentre elas a série "pintando ao vivo" que fiz no projeto da Fragile Produções de curadoria do Luiz Otávio Brandão que reúne vários artistas no evento. Faço  uma cena do evento. Uma ambientação.
A imagem do convite é um Pintando ao vivo no "Palácio da Liberdade" em Belo Horizonte.


Será um prazer recebê-los


Iara Abreu


  
--
Ateliê Iara Abreu
(31) 33845104
(31) 96915104

Visite:  http://iaraabreu.blogspot.com/
           http://iluarti.blogspot.com/

 

__________________________

Rememória:


A Iara Abreu-Clevane Pessoa


Iara Abreu, na Associação Mineira de Imprensa-AMI-montando os poemas da série "Aspectos Urbanos", de dezenas de poetas que ela ilustra e vem fazendo sucessivas exposições.A "Sala da França no Brasil" aconteceu para prestigiar o Ano da França no Brasil, quando a AMI recebu Diva Pavesi, da Academia Francesa, para uma palestra no tema.Encontro de Poetas del Mundo.Belo Horizonte, MG-Brasil-2009.
Crédito da foto:Lucilene Peçanha.




As flores virtuais que Iara Abreu me mandou em julho, no meu aniversário.Adorei e agora retribuo-as com um poema sobre ela e sua arte.

Clevane


PRESTIDIGITAÇÃO

Clevane Pessoa

A Iara Abreu
Mão ampara, mão se move
Precisos gestos fecham gestalts
e entreabrem outras.
As linhas mobilizadas, são borboletras( *),
De sedas negras,
Em grafite, nankim,, ébano, plúmbeas,
atras, pretas, pratas, cinzas, gris...
Remetem a todas as nuances
Das cores, das formas, das coisas...
Interpretas, com negras linhas,
As magníficas e espetaculares
Ou meras e singelas idéias, os seres
Do universo cromático de cada poema arquitetado
- e tuas arquiteturas, criatura criadora,
São das mais genuínas e puras,
Frutos de tua criatividade.
Garimpas com teu olhar de artista
Ó poeta visual dos aspectos urbanos,
DaPoiesis que te é ofertada,
Um todo mágico.
Cada pedaço das formas geométicas
Se desprende, e forma letras,
Cada letra em espiral,se aglomera
e remonta a geometria.
Curvas as retas e retificas as ondas dos arabescos
Que depois novamente se enroscam.
E assim nasce, no papel,
Um sortilégio de grafismos
Repartes tua arte em imaginário e real
E a partilhas, ilhas de beleza.

Belo Horizonte, 30 de agosto de 2010

(*) Borboletras:neologismo criado, há anos, pela grande poeta de Goiânia, Yeda Schmaltz-in memoriam.

Publicado originalmente em:
http://clevanepessoaeoutraspessoas.blogspot.com/2010/08/iara-abreu-clevane-pessoa.html

Também publicado em http://clevanepessoa.net/blogspot.com

quinta-feira, 1 de março de 2012

Aqurela, Aquaterra.=Clevane Pessoa

Aquarela, Aquaterra, Poema de Clevane Pessoa para Tela de Neuza Ladeira. -


 Aquaterra, aquarela


 A cor quente de um outono inesperado 
lembra as pontas das chamas 
de uma queimada que não destrói, 
mas alimenta o seio da Terra 
para que se alimente o deleite da contemplação...


 Clevane Pessoa,about essa aquarela da artista e poetisa Neuza Ladeira.
Belo Horioznte-Mg, Brasil