quarta-feira, 19 de março de 2014

Meus poemas no Tema OLHO D A RUA-Clevane Pessoa




Memória de 2009

EXPOSIÇÃO OLHO DA RUA-fotografias

Recebo de Mariana Cavalcante, através do grupo Coro Coletivo, a informação/chamada;:

Inauguração quarta-feira, 02 de setembro de 2009, às 19 horas.
De 02 de setembro à 04 de outubro de 2009, no primeiro andar da Galeria Olido
Av. São João, 473 - Largo do Paissandu - Centro, SP
Segunda à sexta-feira, das 12h às 20h30
Sábado, domingo e feriados das 13h às 20h30

A EXPOSIÇÃO OLHO DA RUA

"Busca adentrar o universo das pessoas que vivem em situação de rua, suas dificuldades,
estratégias de sobrevivência, problemas decorrentes, expectativas de vida, possibilidades
de luta e transformação social. A idéia é unir o trabalho de artistas que refletem sobre o
tema com o olhar de pessoas que diretamente vivenciam ou vivenciaram o universo das ruas.
A exposição será apresentada de forma jornalística e artística.
OBJETIVO
A exposição visa ampliar a reflexão sobre o tema por meio da convergência de diferentes
olhares. Para tanto, será realizada uma mostra coletiva de arte que contemplará diversas
linguagens, tais como: instalações, fotografias, ilustrações, vídeos e textos. Além disso,
a proposta é a criação de uma rede de comunicação, fomentada pela ocupação do espaço
que estará aberto para o diálogo com os participantes envolvidos e demais interessados.
A intenção é transformar o pensamento através da reflexão e da aproximação
de atores sociais, cujo foco é a rua.
FORMATO
Mostra entre os dias 02 de setembro e 04 de outubro de 2009, na Galeria Olido.
Ocupação semanal da Galeria Olido com atividades livres:
Leitura da exposição e da Revista Ocas”; Sarau poético com vendedores da Ocas” e interessados;
Apresentação da peça de Sebastião Nicomedes; Encerramento, conversa com a presença dos
participantes e outras atividades.
PARTICIPANTES
Alderon Costa , Antonio Brasiliano, Anderson Barbosa, Augusto Citrangulo, Eduardo Verderame,
Esqueleto Coletivo, F?, Fabiane Borges, Felipe Brait, Flavia Vivacqua, Floriana Breyer,
Guto Lacaz + Celso Gitahy, Lucas D., Marcos Vilas Boas, Mariana Cavalcante, Paulo Zeminian,
Rodrigo Araujo, Peetssa, Pedro Ranciaro, Sebastião Nicomedes, Túlio Tavares
OFICINAS OCAS”
Cabeça Sem Teto, Oficina de Criação, Ponto de Cultura
ASSESSORIA DE IMPRENSA OLHO DA RUA
Antonio Brasiliano – 
antoniobrasiliano@gmail.com
Tulio Tavares – tuliotavares@yahoo.com
CURADORIA E ORGANIZAÇÃO
Antonio Brasiliano, Eduardo Verderame e Tulio Tavares"
Serviço:olás,
mandei isso ontem para as listas de que participo e hoje me pareceu que não chegou...
se for o caso desculpem a repetição, mas o convite fica então reforçado.
abraços

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From: marianacav
Date: 2009/8/26
Subject: OLHO DA RUA na galeria Olido - de 2 de setembro a 4 de outubro
To: mariana cavalcante
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Ilustrando  com desse  trabalho com iris...
ClevanePessoa 

deluxeduck.livejournal.com - 800 × 275 - Pesquisa por imagem
British photographer and founder of hip fashion magazine Dazed & Confused, John Rankin Waddell, a.k.a. Rankin - who previously worked for the Swiss watch company's New Gent tv and print campaign last year.



Para conhecer os fotógrafos e artistas participantes acesse Olho da Rua :http://olhodarua2009.wordpress.com/
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Serviço:
Mariana Cavalcante
http://girame.wordpress.com
Acesse Olho da Rua
Divulgação:
Clevane Pessoa , autora dos poemas a seguir, no tema geral e focal:
Olhares,teares saberes ("A Poética  do Olhar"):
1-
CONSUMIDORES DO MEDO
Clevane Pessoa de Araújo Lopes

O olho que vê é o olho que teme.
O que não vê,
dilata-se pelo imaginário
condicionado ao sabido.
Uma voz que pergunta as horas,
causa sobressalto.
Passadas na calçada
aceleram o coração cansado
de sustosdesustosdesustos
sustosustosustosustosustos...
Assustadas,as pessoas, timoratas,
parecem potros que trotam
em direção a cousa alguma.
Pressa de fuga,para nenhum lugar.
Necessidade de abrigo,
não importa a idade que se tenha,
o que importa é o perigo oculto
e o perigo desvendado
no útero inchado da cidade.
Os homens de Deus,temem
os homens do Mal,
escondem-se atrás
de grades e muros,
prisioneiros ...
(Oferecido ao fotógrafo e Poeta,Presidente da Rede Catitu, Marcos Llobus, que o colocou em posterpoema)

Belo Horizonte, 04/04/2007

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2:
Fazedores de Artes

Clevane Pessoa de Araújo Lopes

O olho que se reparte
é olho do artista:
uma banda tem a dimensão de sua arte,
onde o horrendo tem interpretação de estupendo
na maximização ou no minimalismo,
hiperrealismo, abstracionismo, aldravismo,
sincretismo, simbolismo, figurativismo,
no conceito que deforma e reforma e transfoirma
o mundo , a pessoa, o desejo, um tempo, uma cidade,
o interior e o exterior.
A outra banda, é a interpretação
da imagem de cabeça pra baixo,
a ilusão de ótica,
a recriação robótica,
as lentes da maquina,
as lentes dos óculos, binóculos,
faz espetáculos do banal e banaliza o extraordinário.
Que sei do que vejo?
Pen/sei,
mas não sei
se o seio da órbita
é mesmo olho que sabe
ou o anseio que não cabe
em minha tola humanidade...
(Oferecido à fotógrafa e Psicóloga Lu Peçanha)

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3- Os Moradores da rua
Clevane Pessoa
A rua tem um olho,
é Ciclope zelador
(zela-a-dor do morador
sem teto),
guadião que não guarda nada, pois
tudo pode ser roubado.
Mas há comunidades
onde irmanados
os pretensos miseráveis
têm uma riqueza insuspeita.
sabem viver de quase nada,
salvam a pequena parte boa
da fruta estragada...
Em todos os sentidos.
O Ciclope se diverte com a arte nos semáforos,
comedores de fogo de vergonha,
a plebe em pernas de pau, em currupios,
as crianças pintadas de prateado.
O olho do ciclope brilha
ao acompanhar a street dance,
o brilho do travesti que trilha
a rua qual se desfilasse
numa runway sem qualquer censura.
O olho da rua pode ser cego,
quando não quer ver os crimes
estupros, surras e surrupios,
sussurros e murros ,
gritos em silêncio do gozo
contido,
apesar de, goza-se e a vida
pode brotar.
Os catadores de papel e garrafas pet
contribuem sem alcançar o quanto ,
para a arte, o artesanato,
conhecem a regra -de Lei e de fato
-e posam sem saber posar,
sem saber que são modelos,
aos olhos do mágicos fotógrafos
que gravam seu existir
para a memória da Humanidade.
Clique...flash, obturadores, lentes,
asas,
máquinas digitais, handcams.
Pronto:o olho do Ciclope sai do meio da rua
e vai parar no zoom...
Ziriguidum...
Amanhã, tudo recomeçaria
(sim , por mais que você ria,
a ira vira simpatia
quando a mendiga de mau cheiro
canta uma ária, e a sinfonia
entra pelos ouvidos,
atinge o cor/ação
e vira fita a partir do olhar
de quem fotografa)...
((Oferecido à fotógrafa e Poetisa,Diretora do MUNAP, Regina Melo)

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4- Flash Backs
O preto e branco, o sépia mesclam-se à dimensão
de uma concretude
que beira a ternura.
Sombra e luz se encaixam nas formas, resilientes.
O fotógrafo traz as gradações de sua luta interior
e o resultado mostra a PAZ que se expande
da dor e do medo, mas calcada na esperança.
Trazido a público, um brinquedo proibido- a droga-
que aparece subentendido ao lado da boneca antiga:
e a fotografia do Teatro da Vida, onde ele é
o iluminador e o sonoplasta, o diretor, o autor,
e as lentes  do olhar são instrumento de registro e criação...
(Para Fernando Barbosa, fotógrafo, poeta , e teatrólogo em sentido amplo)

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5- De Asas a dançar nos Ares
Clevane Pessoa
Compassos gerenciam passos em espaços de cor
onde a Poiesia arranca aplausos até da miséria exposta.
Etnias e infâncias, paisagismo urbano e natureza interior,
clicados antes ou depois do poema tomar forma na gestação de um tempo
pessoa e instrínseco, visceral mas passível de exposições...
Se dentro de si, ouve a batida de suas baquetas ,
"Caution": pede passagem ao mundo a hipersensibilidade
despejada em caldeirões de cristal para a "Imersão latina"
de um tempo de ser para estar atemporal e hodierna a um só tempo.
Quem mais poderia fotografar poetas e poesia
em Praça Pública, a mostrar os Sete pecados "capitais"
multiplicados por setenta- o segredo bíblico da Paciência?


(Para Brenda Mars, jornalista, poeta, baterista, Presidente do IMEL  -que fotografa crianças, indígenas e os poetas a dizer Poesia na Praça Sete, em Belo Horizonte, a céu aberto)

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6- Poeta e Poesia , eficientíssimo fotógrafo
Clevane Pessoa
Se a eficiência visual se encolhe , 
não irá para debaixo da mesa do sonho
nem dormirá em posição fetal de depressão hostil
ou bradará ao mundo uma revolta justa:
não!A visão se multiplica ad infinitum , asa milhão,
a captar todos os fragmentos da poalha,
toda a "Mutação dos Barcos",
 cada uma das "Transnversias" de quem trouxe o azul absoluto  em cada olho,
de presente ao nascer.E haja azul!A brancabeleira e as barbas de nuvens
circundam seu rosto de poeta.
Mais que eficiente, enxerga com todas armas de uma guerra interior
guerra santa, donde a garra é amoldada com terra,
o berro, exprime-se para além da serra,
e derrama-se no papel e no computador...
(Para João Evangelista , jornalista, fotógrafo, poeta , que um dia foi conhecer-me,
a pedido de uma namorada, e ao chegar com um livro e dois olhos azuis, foi fotogafado por minha alma psicóloga)
"Mutação dos Barcos" e "Transversias" são  títulos de dois de seus livros.
(de uma série *)
* Será o segundo volume de meu primeiro Olhares Teares, Saberes, esse, com selo Cultura Popular-S.Luiz, Maranhão, edição de Kiko Consulin
Clevane Pessoa 





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